REQUALIFICAÇÃO
DO LARGO D. DIOGO FERNANDES ALMEIDA
Em reunião de Câmara de 21 de junho de 2015, foram
apresentadas quatro propostas para a requalificação do Largo D. Diogo Fernandes
de Almeida. É necessário relembrar que esta iniciativa resultou de um
abaixo-assinado enviado à Câmara Municipal, que envolveu mais de 300
assinaturas no sentido da requalificação deste largo, demonstrando que é possível intervir e pensar a cidade a
partir da participação democrática alargada.
Perante as soluções apresentadas não foi de todo difícil,
à equipa do Bloco de Esquerda de Torres Novas, tecer opiniões ou preferências,
considerando a relevância, o enquadramento, a projeção da alteração urbana do
espaço.
Porém, mais que “resolver” um problema, importa ir além
dessa resolução, aproveitando todos os pretextos para “devolver a dignidade urbana” ao centro de Torres Novas.
Sobre este assunto, os dois aspetos que considerámos
importantes foram a “relevância” da intervenção e o pretexto para alargar o
debate sobre
o espaço público voltado às pessoas. Por isso, foi junto das pessoas que “habitam” aquele espaço, que fomos
ouvir opiniões.
Numa das mesas do “quiosque” e em resultado dessa escuta,
traçámos e levámos à reunião de Câmara Municipal de 21 de junho, uma proposta
alternativa às 4 apresentadas.
Dado que a criação do lago com repuxo foi uma solução
desproporcionada e despropositada (conforme indicam os próprios autores), ousámos
ir além das práticas usuais, apresentando a proposta que, indo ao encontro da
sensibilidade ao espaço, nos incitaria a providenciar o enriquecimento de uma
zona privilegiada da cidade, utilizando a estrutura existente para a criação um
pequeno anfi-teatro, conforme imagem.
Mais que um objeto de mobiliário urbano, apresentámos uma
solução de requalificação que não foi traçada à revelia de alguns dos subscritores do
abaixo-assinado.
Contrariamente ao que se disse e ainda não se fez, a
reabilitação do “Centro da Cidade” não se resume apenas ao edificado, mas à
adoção de uma prática política exigente, sensível, cooperante e audaz que
assuma, de forma inequívoca e paralela, o envolvimento da cidadania ativa.