Praça do
Peixe
A Praça do Peixe, com
uma localização privilegiada no centro histórico da cidade, tem as obras de
remodelação concluídas, pesem embora os atrasos verificados.
Importa agora
encontrar a melhor ou melhores soluções para dar uso àquele espaço. Talvez não
fosse má ideia começar por ouvir o povo, dentro daquela perspetiva da ARU (Área
de Reabilitação Urbana), de consulta pública para a reabilitação do Centro Histórico.
Qualquer decisão
terá sempre de ter em conta a situação atual do centro da cidade, ou seja o
despovoamento puro e duro, a ausência de moradores numa vasta área territorial
no coração da cidade.
De facto, esta
situação em que a reabilitação dos espaços comuns e disponíveis para atividades
não está enquadrada na recuperação urbana e habitacional do Centro Histórico é
uma herança que cria uma contradição que tem que ser resolvida no âmbito de um
projeto de reabilitação que englobe as várias vertentes e não se limite a agir
por partes.
A Praça do Peixe
tem de ser útil para a comunidade, tem de servir a cidadania. A aplicação dos
dinheiros públicos são para isso mesmo, são para usufruto do povo.
Nesta perspetiva
julgo, que todas as atividades cabem naquele espaço, do teatro ao rancho, do
debate à tertúlia, da gastronomia ao artesanato, da música à exposição, das
expressões artísticas mais tradicionais à expressão da arte alternativa, tudo
pode atrair gente ao centro histórico. E o centro, estou certo, tudo acolherá.
Apenas com uma
condição: só as atividades com fins
lucrativos deverão ficar sujeitas a algum pagamento pela sua utilização.
Antonio Gomes
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