quarta-feira, 1 de abril de 2015

Praça do Peixe - Crónica de António Gomes


Praça do Peixe

A Praça do Peixe, com uma localização privilegiada no centro histórico da cidade, tem as obras de remodelação concluídas, pesem embora os atrasos verificados.

Importa agora encontrar a melhor ou melhores soluções para dar uso àquele espaço. Talvez não fosse má ideia começar por ouvir o povo, dentro daquela perspetiva da ARU (Área de Reabilitação Urbana), de consulta pública para a reabilitação do Centro Histórico.

Qualquer decisão terá sempre de ter em conta a situação atual do centro da cidade, ou seja o despovoamento puro e duro, a ausência de moradores numa vasta área territorial no coração da cidade.

De facto, esta situação em que a reabilitação dos espaços comuns e disponíveis para atividades não está enquadrada na recuperação urbana e habitacional do Centro Histórico é uma herança que cria uma contradição que tem que ser resolvida no âmbito de um projeto de reabilitação que englobe as várias vertentes e não se limite a agir por partes.

A Praça do Peixe tem de ser útil para a comunidade, tem de servir a cidadania. A aplicação dos dinheiros públicos são para isso mesmo, são para usufruto do povo.

Nesta perspetiva julgo, que todas as atividades cabem naquele espaço, do teatro ao rancho, do debate à tertúlia, da gastronomia ao artesanato, da música à exposição, das expressões artísticas mais tradicionais à expressão da arte alternativa, tudo pode atrair gente ao centro histórico. E o centro, estou certo, tudo acolherá.

Apenas com uma condição: só as atividades com fins lucrativos deverão ficar sujeitas a algum pagamento pela sua utilização.

Outras opiniões haverá com toda a certeza, é preciso ouvi-la.

 

Antonio Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário