A conjuntura política e económica, que
vivemos e, que já se arrasta desde 2008, e que não tem fim à vista, marca sem dúvida
as contas do município relativas a 2012 e que aqui estamos a analisar.
Por via das políticas do atual governo e da
troika, vivemos tempos de sobressalto, de angústia, de incerteza, de desânimo,
de dificuldades tamanhas, de «desesperança», mas também de revolta, de luta, de
resistência, de combate. E assim vai continuar a acontecer enquanto este
governo não deixar de o ser.
A economia está de rastos, o desemprego não
para de crescer, os rendimentos dos que trabalham e dos pensionistas não param
de minguar. A pobreza cerca-nos, o país ajoelha-se aos credores, o governo
recusa-se a olhar para o lado, traçaram aquele caminho e, teimosamente,
perseguem-no.
Paradoxalmente, a família Soares dos Santos,
vulgo pingo doce, arrecada, este mês, qualquer coisa como 100 milhões de euros,
só de dividendos, anunciam os jornais.
Esta política retirou, este ano, aos
trabalhadores da Câmara Municipal, mais de 1 milhão de euros, dinheiro roubado
aos trabalhadores, dinheiro roubado à economia local.
Esta política tem consequências nas contas
das autarquias, nas receitas que são menores, na despesa que é maior.
Nesta conjuntura, como é que o PS governou a
CM do nosso município?
Vejamos o que parece ao BE a parte mais visível
e com maiores consequências na gestão autárquica e, por conseguinte, nos
munícipes.
A dívida de
curto prazo.
De 2009 até 2012, a dívida de curto prazo
aumentou mais de 100%, mais de 9 milhões e só em 2012 aumentou 1 milhão de
euros, ultrapassando os 6%.
Devemos todos lembrar-nos que em 2009 recebeu
a CM financiamento muito bonificado, através do PREDE, com o objetivo de
colocar as contas em dia.
Todos sabemos o que é a dívida de curto
prazo. É a dívida àqueles que financiam a atividade quotidiana do Município.
Sem eles a Câmara fechava as portas.
É esta cegueira política da maioria em não
querer ver o óbvio, que tem colocado muitas empresas, muitas pessoas, muitas
instituições à beira de um ataque de nervos. Quantas famílias é que se
encontram à espera que a CM pague o que deve?
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