As circunstâncias e o discurso
político
“Eu sou eu e a minha circunstância” - Ortega e Gasset
Quando um candidato
a Primeiro-Ministro, do PS, que é oposição ao poder vigente, elogia o estado do
país perante uma assembleia de chineses, o seu discurso não deixa de refletir o
propósito menos consciente, de já se encontrar, sem cuidar de discernir que
ainda não o é, na circunstância de Primeiro-Ministro!
Quando um
secretário da Assembleia Municipal, do PS e advogado, exercendo o papel de Presidente
ao dirigir os trabalhos, ameaça de expulsão da sala o público que faz um “cochichar”
de desagrado pela forma como aquele conduz a reunião e pelo seu discurso e
atitudes menos democráticas, sem cuidar de discernir, que não está numa sala de
tribunal e muito menos na circunstância de juiz em sala de audiência!
Algo parece estar
errado no discurso de alguns políticos, que não sabendo usar, nas suas
intervenções públicas, da necessária lisura, transparência e coerência e, já
agora do que o povo chama “boa educação”, antes utilizam narrativas, desajustadas,
de desonestidade política e reveladoras de autoritarismo no exercício das suas funções!
Será que, a
afirmação de Ortega e Gasset, significa que nós somos, em todo o caso, aquilo
que resulta do somatório do meu ego e dos meus desejos (in) conscientes, com a
circunstância dos momentos que cada um está a viver?
Em todo o caso,
mantenho a minha, precisamos de novos políticos e novas atitudes políticas e
não destas que ilustrei! Como dizia Bob Marley: “São as atitudes e não as
circunstâncias que determinam o valor de cada um. O que você diz, com todo o
respeito, é apenas o que você diz.”
Há que distinguir
os planos e os discursos, e não confundi-los!
Guilherme Pinto
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