terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Crónica de António Gomes (Jornal Torrejano)


A democracia

Neste início de colaboração com o Jornal Torrejano, quero aproveitar para cumprimentar todos os torrejanos e torrejanas e quero saudar todos os colaboradores deste jornal que semana após semana vão trazendo a notícia, o debate, a opinião, à comunidade de leitores e, dessa forma, dão força à democracia e à liberdade.

Confesso que não sei exatamente como começar… os assuntos e os casos que fazem a agenda politica e social local são muitos, os protagonistas vários, desde autarquias, partidos políticos, clubes, associações, a instituições de várias áreas. É a prova de que somos uma comunidade viva.

Opto por uma questão simples, aparentemente sem a importância dos grandes temas: falo da ponte sobre a Ribeira da Boa Água, junto ao Torreshoping. Esta ponte constitui um estrangulamento grave, para o trânsito e para a circulação de peões. Mas, mais grave é o perigo permanente em que são colocados os peões que ali circulam. Já aconteceu, pelo menos, um caso de acidente grave e estão criadas as condições para que tal situação se volte a repetir.

Acontece que a Assembleia Municipal de Torres Novas, em abril de 2013, recomendou por unanimidade à Câmara Municipal para executar obras com vista à segurança de pessoas e bens. E recomendou bem. Em dezembro deste ano a maioria socialista na Câmara Municipal, em sede de orçamento para 2014, recusou a inclusão de uma verba, pequena, para a colocação de uma ponte provisoria para peões, ao lado da atual, onde as pessoas pudessem fazer a travessia em segurança. O argumento é que são necessárias obras de grande vulto para aquela zona e por isso não se faz uma intervenção de urgência. Porquê? Insensibilidade? Sectarismo, porque a proposta veio da oposição? Irresponsabilidade?

Serve este caso para ilustrar muito do que vai mal na nossa política local. Em primeiro lugar a falta de sensibilidade ao não optar por resolver desde já um problema que afeta centenas de pessoas. Em segundo lugar, a falta de respeito pelas recomendações da Assembleia Municipal e em terceiro a cegueira de quem pensa que tem o poder absoluto.

António Gomes

10/02/2014
 

    

 

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