A EMEF, Empresa de
Manutenção e Equipamento Ferroviário, é a empresa responsável pela manutenção e
reparação dos comboios em Portugal, passageiros e mercadorias, pertence ao
Grupo CP, até 1992 era as oficinas da CP.
Tem nos seus
quadros cerca de 1000 trabalhadores colocados em vários locais distribuídos
pelo País, cuja maior concentração é no Entroncamento, cerca de 500, um número
significativo reside no concelho de Torres Novas e noutros concelhos
limítrofes.
Para além de
assegurar toda a reparação dos comboios da CP, realiza trabalhos para outros
clientes nacionais e internacionais, é uma empresa exportadora na área de
metalomecânica pesada (vagons) e de serviços técnicos pioneiros para a
manutenção de veículos ferroviários.
A segurança,
qualidade e fiabilidade do material ferroviário é condição primeira para o êxito
deste tipo de transporte, é a EMEF que dá essa garantia. A experiencia, o
conhecimento o domínio destes trabalhos só é assegurado em Portugal pelos
trabalhadores desta empresa, mais ninguém pode dar essa garantia.
A CP quando apregoa
melhorias nos resultados económicos e no aumento de passageiros transportados
deveria lembrar-se desta empresa, só a EMEF pode garantir à CP a qualidade e
segurança verificada até hoje.
Apesar da ausência de
investimento em comboios novos e na manutenção dos atuais (comboios pendulares)
a qualidade oferecida tem-se mantido e isso deveria obrigar o governo a olhar
para esta empresa como uma empresa estratégica para o país, para a economia do
país, para a mobilidade de milhões de pessoas por ano.
O governo do
PSD/CDS vem agora colocar no Orçamento de Estado 2015 o objetivo da
privatização. Não se conhecem razões justificativas para tal decisão, pelo que
só existe uma, razões ideológicas e nada mais, é preciso acabar o programa de
privatizações e ai está a direita não quer saber de mais nada, privatiza-se e
pronto.
Segurança,
qualidade, fiabilidade, postos de trabalho, direitos dos trabalhadores,
interesse nacional, nada disso interessa, é a agenda privatizadora.
Há um pequeno se
não, que o governo não faz contas, são os trabalhadores que não estão
disponíveis para abdicar do seu posto de trabalho, dos seus direitos, da sua
empresa publica de interesse nacional e isso vai fazer a diferença.
Muitos podem fazer
o trabalho, mas só estes na EMEF dão as garantias que o País precisa e os
passageiros têm direito.
Antonio Gomes
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