O próximo futuro
O novo quadro comunitário de apoio chegou. Muitos milhões de euros.
Para que não se repitam os erros do passado, as prioridades devem ser claras e debatidas com todos. É tempo de encontrar os melhores projetos, prioritários, sustentáveis, realistas. O tempo dos desvarios tem que acabar.
Os melhores projetos serão, certamente, aqueles que saírem do envolvimento das pessoas, das forças vivas, do associativismo, dos partidos políticos. Da economia à cultura, do ambiente à saúde, do ordenamento do território às infraestruturas, as necessidades ainda são muitas.
Por cá, em Torres Novas, as prioridades têm que ser muito bem debatidas. Do meu ponto de vista deviam mesmo ser colocadas à decisão das populações. Não se podem repetir os erros do passado – grandes obras na cidade – enquanto problemas básicos ficaram para trás.
A Câmara Municipal vai recorrer ao novo quadro comunitário. Deve fazê-lo com rigor e com prioridades claras. Na última assembleia municipal, aquando da discussão do orçamento para 2015, o BE questionou o PS sobre este futuro que está tão perto: que projeto de desenvolvimento para Torres Novas? E para a região onde estamos inseridos? Que propostas sobre a criação de emprego, principal problema das pessoas e dos jovens em particular? Que politicas para a captação de investimentos para o concelho e para a região do Médio Tejo? Que projetos para o rio Almonda, um potencial fator de desenvolvimento para o concelho?
Estas preocupações são, estou convicto, preocupações de uma larga faixa da população do concelho. O desafio ao PS, à maioria que governa o concelho, é simples: estão ou não disponíveis para construir um projeto de desenvolvimento, que seja um projeto do município e não apenas o projeto do PS? Estão ou não disponíveis para acolher outras ideias, outras propostas, dos órgãos autárquicos, da sociedade, vindas de outras latitudes?
Julgo que seria um bom começo.
Antonio Gomes
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