quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Moção apresentada pelo BE de Torres Novas na Assembleia Municipal de 25 Fevereiro
MOÇÃO
_____________________
Em sessão de Assembleia Municipal de 30 de
abril de 2013, o Bloco de Esquerda apresentou uma moção que alertava para o
estado da ponte da Ribeira da Boa Água na estrada nacional 349, junto ao Nicho
de Riachos.
Nesse documento, foram denunciadas as
condições precárias da ponte no que respeita à segurança para a circulação de
veículos e pessoas que ali se cruzam com frequência. A insegurança era então
atribuída à reduzida dimensão da ponte em largura, ao seu estado de degradação
e ao elevado número de veículos que ali circulam, em virtude do fluxo de trânsito
que se transferiu da A23 para a estrada nacional 349, após a implementação das
portagens.
Perante esta situação assaz preocupante, em
virtude do elevado risco de acidente que representa, a Assembleia Municipal decidiu
então, por unanimidade, recomendar à
Câmara Municipal que devia seguir uma política de prevenção, executando obras
que salvaguardassem a segurança das pessoas.
Ora, volvido quase um ano, não só a Câmara
Municipal não executou qualquer obra, como a perigosidade da circulação de
pessoas e veículos na ponte se agravou.
Aumentou o número de veículos que por ali
circulam, sobretudo veículos pesados. A excessiva pluviosidade deste inverno
fez abrir buracos que obrigam a que as viaturas se desviem para o centro da
ponte. E os peões viram agravadas as suas condições de passagem.
Mesmo que a intervenção mais profunda na
ponte da Ribeira da Boa Água seja integrada, a médio prazo, numa obra de maior
dimensão, urge zelar, no imediato, pela segurança das pessoas que ali
transitam. Tendo em conta este objetivo, basta que seja colocada lateralmente
uma estrutura metálica de tipo militar, ou uma estrutura de madeira tratada,
bastante durável, como se vê frequentemente em situações similares. Uma solução
que, temporariamente, proporcione condições mínimas para a passagem em
segurança dos peões.
Desde a referida Assembleia Municipal, todos
os partidos nela representados, incluindo a maioria socialista, ficaram
vinculados à urgência e à necessidade de resolução deste problema.
O Bloco de Esquerda vem recomendar a esta
Assembleia que a Câmara Municipal cumpra a execução das obras a que então se
comprometeu, tendo em conta que a segurança dos cidadãos é um direito
fundamental constitucionalmente consagrado.
A Assembleia Municipal reunida no dia 25 de fevereiro
decide reiterar a decisão de 30 abril de 2013 para uma intervenção de urgência,
por parte da Câmara Municipal.
Torres
Novas, 25 de fevereiro de 2014
Os
membros da Assembleia Municipal do BE
João
Carlos Lopes, António Gomes e Lia Ribeiro
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Rigor e transparência (Conferência de Imprensa sobre a reunião da CMTN com a empresa Águas do Ribatejo)
Rigor e transparência
A empresa Aguas do Ribatejo é uma empresa pública, 100%
capitais públicos, cujos acionistas são os municípios de Coruche, Benavente,
Salvaterra de Magos, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, e Torres Novas.
Presta serviços de fornecimento de água e saneamento a
mais de 150 000 pessoas, apresenta uma gestão equilibrada e tem uma carteira de
investimentos assinalável.
O tarifário para 2014 foi aprovado pelos acionistas com
uma atualização de 4,6%, muito acima da inflação, muito penalizador para os
consumidores cujos rendimentos têm vindo em queda.
Acontece que numa análise mais pormenorizada e ao arrepio
da decisão dos acionistas, se verifica um aumento das tarifas variáveis do saneamento para domésticos e não-domésticos que
varia entre os 20 e os 25%.
Argumenta a empresa depois da aprovação e sob pressão da denúncia
pública, que passou a cobrar menos 10% do volume de saneamento por força da
recomendação do IRAR nº1/2009. Ora se passou a cobrar menos quantidade não pode
querer receber o mesmo.
Mas acontece que a AR não querendo baixar as receitas vai
de aumentar brutalmente o tarifário, 20, 22, 23, 25%. Uma engenharia financeira
muito criativa.
A TRH, taxa de recursos
hídricos que a AR cobra mas cuja receita envia para a
APA - Agência Portuguesa do Ambiente, há quatro anos que não é atualizada por
decisão da APA, logo a AR não pode alterar o seu valor, mas acontece que o
valor da TRH saneamento aumentou 75%.
Argumentam alguns que o valor da taxa é muito baixo. É verdade, são poucos
cêntimos, mas para a AR representa alguns milhares de euros e também sabemos
que se faltar um cêntimo no pagamento da fatura da AR ou doutra qualquer empresa
a fatura não é considerada paga.
A fatura da água deve ser transparente, rigorosa e de fácil
leitura. A fatura apresentada pela Aguas do Ribatejo não trás a informação do
calibre do contador, informação vital para os consumidores saberem se estão a
pagar o que é devido ou não. O BE chama a atenção dos consumidores para nos próximos
2 meses verificarem as faturas e confirmarem ou não se o calibre do contador já
consta. Dois meses foi o tempo máximo que a AR disse que levaria a corrigir
esta situação, dando razão ao BE.
Os casos da tarifa variável do saneamento e da TRH são
ilegalidades.
Mas são acima de tudo um grande abuso de confiança para
com os autarcas dos 7 concelhos envolvidos e para com os 150.000 consumidores.
O Bloco de Esquerda tudo fará para que seja reposta a
legalidade e a justiça, levaremos novamente o assunto à Câmara Municipal e
junto da ERSAR, entidade que regula o sector do abastecimento de água e
saneamento.
Apelamos à população que exija a verdade e a justiça no
fornecimento da água e do saneamento.
Torres Novas 17 de fevereiro de 2014
O Bloco de Esquerda de Torres Novas
Crónica de António Gomes (Jornal Torrejano)
A democracia
Neste início de colaboração com o Jornal Torrejano, quero
aproveitar para cumprimentar todos os torrejanos e torrejanas e quero saudar
todos os colaboradores deste jornal que semana após semana vão trazendo a notícia,
o debate, a opinião, à comunidade de leitores e, dessa forma, dão força à
democracia e à liberdade.
Confesso que não sei exatamente
como começar… os assuntos e os casos que fazem a agenda politica e social local
são muitos, os protagonistas vários, desde autarquias, partidos políticos,
clubes, associações, a instituições de várias áreas. É a prova de que somos uma
comunidade viva.
Opto por uma questão simples,
aparentemente sem a importância dos grandes temas: falo da ponte sobre a
Ribeira da Boa Água, junto ao Torreshoping. Esta ponte constitui um
estrangulamento grave, para o trânsito e para a circulação de peões. Mas, mais
grave é o perigo permanente em que são colocados os peões que ali circulam. Já
aconteceu, pelo menos, um caso de acidente grave e estão criadas as condições
para que tal situação se volte a repetir.
Acontece que a Assembleia
Municipal de Torres Novas, em abril de 2013, recomendou por unanimidade à
Câmara Municipal para executar obras com vista à segurança de pessoas e bens. E
recomendou bem. Em dezembro deste ano a maioria socialista na Câmara Municipal,
em sede de orçamento para 2014, recusou a inclusão de uma verba, pequena, para
a colocação de uma ponte provisoria para peões, ao lado da atual, onde as
pessoas pudessem fazer a travessia em segurança. O argumento é que são
necessárias obras de grande vulto para aquela zona e por isso não se faz uma
intervenção de urgência. Porquê? Insensibilidade? Sectarismo, porque a proposta
veio da oposição? Irresponsabilidade?
Serve este caso para ilustrar muito
do que vai mal na nossa política local. Em primeiro lugar a falta de
sensibilidade ao não optar por resolver desde já um problema que afeta centenas
de pessoas. Em segundo lugar, a falta de respeito pelas recomendações da
Assembleia Municipal e em terceiro a cegueira de quem pensa que tem o poder
absoluto.
António Gomes
10/02/2014
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Reunião de Câmara Municipal (Pública) de 11 de Fevereiro de 2014
Reunião de Câmara Municipal (Pública) de 11 de Fevereiro de 2014
No período antes da ordem do dia,
a Vereadora do Bloco de Esquerda colocou as seguintes questões:
Protesto sobre o facto da reunião com a empresa Águas do Ribatejo se
realizar à porta fechada
Existem muitas dúvidas sobre o
tarifário aplicado pela empresa Águas do Ribatejo no ano de 2014, que se traduz
em vários aumentos e na aplicação da Taxa de Recursos Hídricos num valor
superior ao legalmente estipulado. Desde a primeira hora que o Bloco de
Esquerda tem colocado estas questões e, votou contra a ratificação deste
tarifário em reunião de Câmara.
Das muitas dúvidas e da
insistência para o seu esclarecimento, ficou decidido em reunião de Câmara que
se realizaria uma reunião com a empresa. Esta reunião está marcada para 6.ª
feira, dia 14 de Fevereiro, às 16.00 horas, na sala de sessões da Câmara
Municipal. No entanto, por decisão do Presidente, esta reunião será à porta
fechada e não será considerada como reunião extraordinária de Câmara.
A Vereadora Helena Pinto,
apresentou um protesto, para constar da ata, pois considerou que a reunião
deveria ser pública. Os assuntos a debater são do interesse da população e
devem ser debatidos abertamente.
Aplicação das 35 horas de trabalho semanal na autarquia de Torres Novas
A Vereadora Helena Pinto
questionou o Presidente sobre a aplicação das 35 horas no Município. Em
resposta o Presidente garantiu que, caso não exista uma solução ao nível da CIM
(Comunidade Intermunicipal), apresentará na próxima reunião de Câmara, para
decisão, o regresso ao horário semanal de 35 horas para os trabalhadores e
trabalhadoras do Município.~
Situação do Centro Hospitalar do Médio Tejo
A Vereadora Helena Pinto levou à
reunião de Executivo Camarário a preocupação sobre a situação do Centro
Hospitalar do Médio Tejo. Para além da dívida acumulada, da situação caótica
nas urgências, veio agora a conhecimento público que o CHMT tem estado a
contratar uma empresa de prestação de serviços médicos fora da lei. A Vereadora
insistiu que a autarquia deve dar atenção a este dossier e pedir
esclarecimentos quer junto do Conselho de Administração, quer junto do
Ministério da Saúde.
Árvores de grande porte em Árgea – a segurança das pessoas deve ser uma
prioridade
Pela segunda vez a Vereadora
Helena Pinto leva este assunto à reunião de Câmara. O mau tempo que tem
assolado o país, torna ainda mais premente uma intervenção em Árgea no que diz
respeito às árvores de grande porte, que caso caiam, causaria graves danos. O
Presidente garantiu que o assunto está a ser tratado pelos serviços da Câmara.
Comemorações do 40.º aniversário do 25 de Abril – Criação de uma
Comissão
Tendo em consideração que o
assunto foi levantado em reunião camarária pelo Bloco de Esquerda e que ficou
decidido que se trabalharia para encontrar uma proposta consensual, a Vereadora
alertou para o facto de o tempo estar a passar sem que se avance, o que pode
colocar em causa a organização de comemorações participadas e onde a cidadania
tenha o papel central.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
SEXTA d'IDEIAS "Educação para Tempo Incerto"
Um auditório histórico (da Banda Operária Torrejana), um serão diferente, uma comunidade a pensar o tema de uma "Educação em tempo incerto", de forma abrangente, dinâmica e lúcida.
O professor Fernando Coelho falou do lugar da experiência docente, o encantamento pela profissão, as preocupações que atravessam o universo escolar onde, por vezes, se perde o sentido do respeito pelo/a outro/a;
O Deputado Luís Fazenda abordando aspetos das políticas nacionais que pouco têm acrescentado ao fortalecimento do Ensino Público pelo incentivo à iniciativa privada paga pelo estado;
Uma audiência participativa, interpelando os convidados.
Uma Educação que se deseja consequente com os tempos que atravessamos, que fortaleça uma oferta de oportunidade de ensino para todos/as, mas que se enriqueça pelas experiências dos/as estudantes, no sentido de uma maior consciência crítica do conhecimento.
Também desconstruir as relações de poder e de subserviência que a cultura educacional instituída promove e de que os factos recentes (praxes académicas) espelham de forma alarmante.
Também compreender os dilemas e inseguranças profissionais que atravessam o corpo docente, possibilitando recuperar a dignidade de um universo estruturante das sociedades, onde não é alheia a colaboração das famílias na construção de uma cultura educacional que urge repensar.
“São muitos os futuros possíveis. Mas só um terá lugar. E isso depende da nossa capacidade de pensar e de agir. (…)
É preciso abrir os sistemas de ensino a novas ideias. Em vez da homogeneidade e da rigidez, a diferença e a mudança. Em vez do transbordamento, uma nova concepção da aprendizagem. Em vez do alheamento da sociedade, o reforço do espaço público da educação.” (António Sampaio da Nóvoa)
O professor Fernando Coelho falou do lugar da experiência docente, o encantamento pela profissão, as preocupações que atravessam o universo escolar onde, por vezes, se perde o sentido do respeito pelo/a outro/a;
O Deputado Luís Fazenda abordando aspetos das políticas nacionais que pouco têm acrescentado ao fortalecimento do Ensino Público pelo incentivo à iniciativa privada paga pelo estado;
Uma audiência participativa, interpelando os convidados.
Uma Educação que se deseja consequente com os tempos que atravessamos, que fortaleça uma oferta de oportunidade de ensino para todos/as, mas que se enriqueça pelas experiências dos/as estudantes, no sentido de uma maior consciência crítica do conhecimento.
Também desconstruir as relações de poder e de subserviência que a cultura educacional instituída promove e de que os factos recentes (praxes académicas) espelham de forma alarmante.
Também compreender os dilemas e inseguranças profissionais que atravessam o corpo docente, possibilitando recuperar a dignidade de um universo estruturante das sociedades, onde não é alheia a colaboração das famílias na construção de uma cultura educacional que urge repensar.
“São muitos os futuros possíveis. Mas só um terá lugar. E isso depende da nossa capacidade de pensar e de agir. (…)
É preciso abrir os sistemas de ensino a novas ideias. Em vez da homogeneidade e da rigidez, a diferença e a mudança. Em vez do transbordamento, uma nova concepção da aprendizagem. Em vez do alheamento da sociedade, o reforço do espaço público da educação.” (António Sampaio da Nóvoa)
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